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Ana Belén Pereiro Estévez

Esta entrevista foi conduzida pelo colaborador da área de Comunicação, Tomás Correia.

A entrevistada foi a professora Ana Estévez, docente de Engenharia Química, mais conhecida pelas cadeiras de componente laboratorial.



Qual é a sua formação?


Tenho um doutoramento em Engenharia Química na Universidade de Vigo, Espanha.


O que lhe levou a escolher este curso?


Sempre fui uma pessoa que gosta de ver aplicação prática do que estou a estudar e/ou trabalhar. Daí a minha vocação para a engenharia química, porque permite aplicar a minha investigação na indústria.


Desde que tirou o curso, notou muitas diferenças no ensino em comparação com a atualidade?


Sim, principalmente a nível tecnológico. Houve um avanço muito nítido, temos bastantes ferramentas ao nosso dispor que facilitam a vida dos alunos bem como a dos professores, ajudam em todos os aspetos, nomeadamente, no assimilamento dos conteúdos e conhecimentos por parte dos alunos. Esta é para mim, a maior diferença dos dias de hoje em comparação com a altura em que era aluna.


É difícil conciliar a carreira de investigação com a de docência?


Penso que depende da vocação pessoal. Aliás a investigação implica educação, estamos constantemente a formar estudantes, de doutoramento, mestrado, licenciatura, entre outros. Lidamos todos os dias com o ensino.

Pessoas que identificam-se com a docência, gostam de transmitir e receber conhecimento, porque às vezes a mesma teoria vista de pontos diferentes dos alunos é muito enriquecedor para um professor. Eu gosto muito de aprender com os meus alunos, por isso, no meu caso, é fácil conciliar a vida de investigadora com a de professora.


Quais são os seus hobbies favoritos?


Gosto de um bom jantar com amigos, uma boa conversa, cinema, um bom livro e passeios junto da praia, basicamente desligar completamente ao final do dia (risos).




A professora não é portuguesa, alguém que visite o seu país ou a sua terra natal, qual é o sítio de paragem obrigatória?


Na minha terra natal, Galiza, considero-me minhota, porque os meus pais moram a 15 km do rio Minho. É imprescindível parar nas Rias Baixas e em toda a costa Galega, tanto a nível paisagístico como gastronómico temos muito para oferecer a quem queira visitar-nos.


Em relação aos alunos, quais são as competências cruciais para este curso?


Há muitas cadeiras que são muito importantes a nível de aplicação no mundo laboral. Mas o que deve motivar qualquer aluno é dedicar-se ao que realmente gosta.

É claro que a engenharia química tem muitas saídas profissionais, mas façam o que gostam, porque quando estudamos ou trabalhamos naquilo que gostamos temos sempre sucesso.


Qual o principal conselho que dá aos estudantes de engenharia química?


É muito à base do que disse anteriormente, façam algo que vos motive, que seja inspirador. Porque é a única forma de obter satisfação pessoal e enriquecer os demais com os resultados do vosso trabalho.


Notou alguma diferença com os alunos pós-pandemia?


Os alunos que já estavam no ensino superior, ou seja, que já tinham tido contacto com o laboratório, não notei muita diferença.

No entanto, os que ingressaram no primeiro ano de faculdade depois da pandemia e que perderam dois anos de aulas laboratoriais, foi muito mau para este curso, em que a parte laboratorial é, para mim, a mais importante.


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