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INIAV - Teresa Nunes

Onde é que estagiaste?

Estagiei no INIAV - Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária. Estive na parte florestal, o que tem a ver com adubos. O edifício é em Oeiras, ao lado do ITQB, na Quinta do Marquês. Ia para o INIAV todos os dias, com um horário flexível. Tinha um determinado número de tarefas para fazer e quando as terminava podia ir embora. Foi cerca de um mês.


Sentiste necessidade de alugar casa para ficares perto do local do teu estágio? Quanto tempo demoravas de viagem até ao local?

Eu ia de carro. Em termos de transportes públicos, não tenho bem a certeza, mas penso que existem autocarros. No meu caso, demorava cerca de 20 minutos para chegar, mas vivo em Sintra.


Em que área/áreas incidiu o estágio?

O INIAV é um centro de investigação e, na altura, estavam a ser realizados trabalhos para tentar substituir os adubos que usam muito enxofre e azoto por bactérias que consomem componentes no solo, transformando-os em azoto. A ideia é colocar essas bactérias perto das raízes das plantas, para que estas, em alternativa aos adubos tradicionais, usarem o que as bactérias produzem. O que é estudado são as famílias das bactérias e esse é o contexto da investigação.


Dentro da área em que estiveste, que atividades realizaste?

O que cheguei a fazer durante o estágio foram meios de culturas para as bactérias, em colónias únicas. Temos de as fazer crescer e isolar e tive a oportunidade de assistir à sequenciação do DNA bacteriano, para determinar a que famílias correspondem e depois realizar a organização dessas famílias. Cheguei a colocar bactérias únicas prontas para armazenamento frigorífico. São processos que demoram alguns dias.

Também estive na estufas. O INIAV tem ensaios em laboratório, em estufa e em campo. Nas estufas, é necessário regar a cada dois dias, pesar a água e a terra. Quando as bactérias criam a simbiose com a planta, criam uma espécie de ‘caroços’ que é necessário observar e pesar e foi isso que também fiz.

Há plantas-controlo, que não têm bactérias, e depois outras com diferentes famílias de bactérias. É feita a comparação do crescimento das plantas e as folhas são pesadas e analisadas por dimensões, para determinar o que resulta mais e menos. Sei que há ensaios em campo, no Alentejo, mas não cheguei a ver.


Sentes que foi uma experiência proveitosa? Sentes que te acrescentou alguma coisa curricularmente? Que aspetos positivos é que consegues retirar do estágio? Não tem que ser forçosamente sobre o curso, podem ser soft skills também.

Sim. Aprendi muitas coisas e consegui aplicar na prática muitos conceitos que aprendi nas aulas de laboratório. Foi proveitoso, nem que seja para sentir que aquilo que aprendemos é útil: não é só decorar e responder nos testes.


Sentiste que possuías as competências necessárias para o que te era pedido?

Em termos de ferramentas, sim. Claro que se tratava de uma família de bactérias que eu não conhecia, mas em termos de técnicas de laboratório não tive qualquer problema. Foi principalmente útil a cadeira de Microbiologia, quando se tratou de isolar colónias. Mesmo sendo um instituto de investigação, deu para perceber o ambiente de trabalho e de empresa e colocar as coisas em prática.


Se pudesses voltar atrás tinhas feito a mesma escolha, relativamente à empresa onde realizaste o estágio?

Penso que sim, para um estágio de terceiro ano é o ideal.


O que é que mudavas no teu estágio e/ou escolha de estágio para corresponder às tuas expectativas?

Penso que a duração do estágio, um mês, não dá para fazer muitas coisas. No meu caso, quando comparado com as minhas colegas, fui das pessoas que tive mais oportunidades de fazer trabalho prático, talvez por se tratar de um centro de investigação. Se tivesse oportunidade de mudar alguma coisa era, de facto, o tempo do estágio.


O estágio foi remunerado? Quanto à alimentação, tinhas subsídio de alimentação ou refeições incluídas?

Não, e também não incluía almoço. Mas penso que algumas colegas tiveram uma remuneração à volta dos 50 euros.


O estágio contribuiu para um afunilamento das tuas intenções de futuro emprego na área? Consegues perceber mais agora o que queres fazer no futuro?

Sim, ajudou-me a perceber como é o ambiente de trabalho num laboratório e de uma empresa e se é nesta área que quero trabalhar futuramente.


Que dicas podes deixar a quem vai fazer os estágios agora?

O meu conselho é que aproveitem muito o estágio. Eu gostei e, quando comparo com relatórios de colegas que só tiveram trabalho de laboratório, eu, pelo menos, tive uma parte prática. Pode não ser especificamente sobre Engenharia Química, pois ‘foge’ um pouco para a área da Biologia e laboratorial, mas dá para ‘por a mão na massa’ e, por isso, é proveitoso.



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