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LNEG - João O'Neill

Onde é que estagiaste?

Estagiei no LNEG – Laboratório Nacional de Energia e Geologia, em regime online (exclusivamente devido à pandemia), durante todo o mês de Fevereiro.


O estágio foi inteiramente online ou havia alguns dias em que tinhas de te deslocar à empresa?

O único dia em que fui à empresa foi um dia antes do estágio, a convite do orientador, para conhecer as instalações. Nesse mesmo dia ele também me apresentou alguns temas, dos quais tinha de escolher aqueles que tinha mais interesse para tratar ao longo do estágio.


Durante o estágio surgiu alguma oportunidade de voltares às instalações, ou mesmo algum convite para o futuro?

Durante o estágio online o orientador referiu que havia a oportunidade de fazer um estágio no LNEG presencialmente, no verão, mesmo sendo num âmbito extracurricular, visto que gostaram da prestação e do trabalho desenvolvido. No verão ainda tentei fazer esse tal estágio, mas ainda não estavam a aceitar estágios presencias. No entanto, deixaram as portas abertas para voltar quando houvesse a possibilidade.


Achas que os alunos que escolherem o LNEG este ano terão o estágio em modo presencial?

Acho que há uma forte possibilidade de isso acontecer, visto que a empresa estava à espera que a percentagem de população vacinada atingisse os 80%, dado que esse patamar já foi alcançado, penso que já se sintam mais confortáveis para receber alunos.


Disseste que tinhas vários temas, dos quais tiveste de fazer uma escolha. Consegues então dizer-nos no que consistiu o teu estágio?

O LNEG é o Laboratório Nacional de Energia e Geologia, no entanto, o meu estágio estava inserido numa área mais relacionada com o nosso curso, na unidade de Bio Refinarias e Bio Energia. Esta unidade ocupa-se principalmente por uma prática mais experimental, onde se exploram novos caminhos, novas reações e novos métodos para depois ser aplicada à escala industrial noutros países.

A primeira parte do estágio consistiu essencialmente em trabalho de pesquisa e análise de dados de artigos e documentos, sobre os impactos socioeconómicos das Bio Refinarias. A meio do estágio comecei a trabalhar na segunda parte, que se baseava no estudo da cinética de uma reação. O programa que era utilizado para este estudo era o Excel, no entanto, eu propus o uso do Phython para otimizar os parâmetros cinéticos da reação, uma vez que, com o uso deste programa, o código ficaria feito de maneira a apenas terem de ser feitas pequenas alterações para funcionar para qualquer outro modelo, sendo mais intuitivo do que no Excel.


Achas que se o estágio tivesse sido presencial estarias a fazer esse tipo de trabalho, mas nas instalações?

Não, se fosse presencial estaria a trabalhar diretamente com os reatores, ou seja, seria fazer estes estudos mas de uma maneira mais prática, como por exemplo obter os dados e analisá-los diretamente e não de uma maneira tão teórica.


Consideras que as pessoas que têm dificuldades em programação, particularmente com a linguagem Python poderiam escolher o LNEG?

Sim, porque o uso do Python foi uma sugestão minha ao orientador, que era uma linguagem que ele próprio não dominava.


Achas que tinhas as competências necessárias para o teu estágio?

Para os temas que escolhi senti que nos faltava algum aprofundamento em algumas componentes que abordamos quase de maneira superficial na faculdade. Primeiro, relativamente à programação que temos, é claramente insuficiente para aquilo que é expectável que saibamos fazer hoje em dia. Além disso, senti que a parte económica que abordamos no curso é também diminuta face ao mercado.

Sentes que o estágio contribuiu para o teu conhecimento?

Sim, certamente que sim. Senti que na parte da pesquisa, com tanta informação que tinha de ler, analisar e selecionar, foi um excelente exercício prático para a tese, por exemplo, assim como aprender a fazer as referências corretamente, que é algo tão banal, mas extremamente importante. Relembrar alguns conceitos do Python também foi fundamental, assim como aplicá-los diretamente a situações ligadas com engenharia química.


Em geral, gostaste do teu estágio ou mudarias alguma coisa?

Eu gostei, apesar de ter sido tudo online, gostei bastante. Acho importante referir que, como estava em estágio com outra colega do nosso curso, toda a dinâmica foi mais interessante e menos monótona e solitária, visto que passávamos praticamente todo o dia a trabalhar juntos e a trocar ideias. A única coisa que mudaria era mesmo o regime online.


Tinhas um horário atribuído ou eras livre para o fazer, desde que no fim apresentasses o trabalho feito?

O horário era semifixo, supostamente era das 9h-18h, no entanto as pausas e horas de refeições eram por nós controladas, desde que nas reuniões apresentasse os resultados pedidos para esse dia. As reuniões eram diárias, sendo o ideal uma reunião da parte da manhã, onde o orientador explicava o pretendido para esse mesmo dia e uma reunião ao final da tarde para expor o trabalho que tinha desenvolvido.


Que dicas podes deixar a quem vai fazer os estágios agora?

Não tenham medo de não ter a experiência suficiente ou de não terem o conhecimento suficiente sobre uma determinada área, nas empresas não estão à espera que saibamos fazer tudo, eles estão lá também para nos ensinar. Além disso, gostava de referir que esta é uma oportunidade perfeita para experimentarem coisas novas, e para explorarem áreas que pensam que não gostam. É uma experiência única que a nossa faculdade nos oferece que noutras os alunos têm de fazer por eles próprios.

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