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Cimpor - Rita Chagas

Onde é que estagiaste?

Realizei o meu estágio na Cimpor. A Cimpor é portuguesa, mas agora pertence a uma empresa da Turquia e tem três fábricas em Portugal: Coimbra, Loulé e Alhandra. Esta última foi onde estagiei.


Sentiste necessidade de alugar casa para ficares perto do local do teu estágio? Quanto tempo demoravas de viagem até ao local?

Como vivo em Lisboa, bastava-me apanhar o comboio que ia para Castanheira do Ribatejo e, como a fábrica é mesmo ao lado da estação, bastava sair em Alhandra e já lá estava. Demorava entre 30 minutos a 40 minutos a lá chegar.


Como era a nível de horários?

O horário era das 8h-17h. Quanto ao almoço, tinha aproximadamente uma hora que podia gerir quando queria ir, só tinha de ter em intenção o horário da cantina.


Em que área/áreas incidiu o estágio?

A duração do estágio foram quatro semanas. Na 1ª semana estive no laboratório de controlo de qualidade, na 2ª no laboratório de controlo de processo, assim como nas duas últimas, mas também fiz trabalho mais administrativo, a mexer em normas e instruções operatórias. Além destas duas áreas, realizei visitas a vários sítios da empresa para ter uma ideia de como era o processo na sua totalidade.


Dentro da área que estiveste, que atividades realizaste?

No laboratório de controlo da qualidade e no de processo fiz análises químicas e físicas ao cimento. Na parte química realizei análises raio-X para saber se a composição do cimento estava correta ou não. Em termos de análise física tinha de retirar e preparar as amostras desde o pó à massa do cimento para ver as propriedades antes da massa solidificar e depois.

Na sala de controlo, que tinha vários ecrãs com os esquemas do processo e câmaras no interior de equipamentos, tinha de controlar a aglomeração nas paredes, confirmar se a temperatura, pressão e as emissões de CO2 estavam dentro dos parâmetros corretos.


Sentes que foi uma experiência proveitosa? Sentes que te acrescentou alguma coisa curricularmente e pessoalmente?

O estágio é importante para termos um primeiro contacto com a indústria e com o mundo do trabalho, apesar de tudo ter aspetos negativos. Mas senti que aprendi imenso, se me perguntarem qualquer coisa sobre cimentos eu vou conseguir responder, o que antes do estágio não iria acontecer.

A nível curricular, deu para pôr em prática conhecimentos que tinha adquirido nas cadeiras lecionadas como, por exemplo, operações sólido fluido e processos de separação.

Quanto a nível pessoal, desenvolvi competências e conhecimentos que sei que são importantes para o meu futuro. Tive de trabalhar a parte da comunicação, tanto com os engenheiros, como com outros operadores da fábrica. Foi extremamente importante.

Um aspeto que também achei proveitoso foi o facto dos trabalhadores partilharem as suas experiências de vida, deu para ter uma visão de como pode ser a carreira de um engenheiro químico e como certas decisões podem influenciar o nosso futuro e o nosso crescimento.


Sentiste que possuías as competências necessárias para o que te era pedido?

Na Cimpor não me pediram coisas extremamente difíceis, nunca tive de estudar para o estágio, portanto, assim acho que tive as competências necessárias. O que pediam para fazer eu aprendia na altura e depois era só repetir. Foram sempre prestáveis para esclarecer qualquer dúvida que tinha.


Como esta empresa não estava na lista de estágios como foi o processo para te aceitarem?

Eu arranjei este estágio por fora, entrei em contacto com a senhora dos recursos humanos e aceitaram-me. Era suposto ser em fevereiro mas, com o Covid, só aconteceu em Julho. Começamos a falar em Novembro e até Julho fomos combinando como iria ser o meu estágio.


Se pudesses voltar atrás tinhas feito a mesma escolha que fizeste, relativamente à empresa onde realizaste o estágio?

A minha ideia principal era ir para a área da farmacêutica e, na minha opinião, a área dos cimentos nunca é muito atrativa à 1ª vista. Depois de ter acabado o estágio posso admitir que tenho saudades de lá estar, portanto fazia a mesma escolha.


O estágio foi remunerado? Quanto à alimentação, tinhas subsídio de alimentação ou refeições incluídas?

Não, não recebi nenhuma quantia monetária. Apenas me davam o almoço, mas também tinha acesso a micro-ondas caso quisesse levar de casa.


O estágio contribuiu para um afunilamento das tuas intenções de futuro emprego na área? Consegues perceber mais agora o que queres fazer no futuro?

Apesar de ter muito interesse na área farmacêutica sei que se no futuro for para a área dos cimentos vou ser feliz. Portanto, o estágio contribuiu muito nesse aspeto.


Que dicas podes deixar a quem vai fazer os estágios agora?

Na Cimpor o ambiente é muito familiar, todos nos damos bem um com os outros, se não nos disserem não sabemos se aquela pessoa é engenheiro, um técnico, um operador, não existe essa distinção.

Vão sem vergonha e sem medo, uma coisa que eu aprendi foi que não existem perguntas parvas, o que não sabemos é mesmo para perguntar e as vezes que forem necessárias.

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