Onde é que estagiaste?
Estagiei na Biostasia – Projetos e Serviços de Engenharia, Lda. É uma empresa que desenvolve produtos biológicos relacionados com a agricultura. O meu estágio foi durante o mês de Fevereiro das 9h às 18h, com uma hora de almoço.
Onde é que se localizava a empresa? Como é que te deslocavas para as instalações?
A empresa é no Barreiro. Usei o meu carro e, em média, demorava 20 minutos desde o Monte de Caparica. Também é possível ir de transportes públicos, mas é um percurso mais longo e demorado.
Que actividades realizaste durante o estágio?
Realizei um trabalho de investigação aplicado à parte prática. Fazia vários testes laboratoriais para analisar as propriedades de certas misturas de produtos, como pH ou estudos de miscibilidade, para avaliar se essas características eram proveitosas para o mundo agrícola.
A orientadora era espetacular e assistia em tudo o que precisava, tanto na análise dos dados como no trabalho laboratorial.
Sentes que foi uma experiência útil para a continuação do curso e para o teu futuro?
Sim, o que se procura num estágio é aplicar os conhecimentos que temos na parte profissional.
A empresa tem, por exemplo, um objectivo, e precisa de alguém para o atingir, assim será esse o trabalho do estagiário. Esta disciplina (PIPP) é uma excelente ideia para nós e para as empresas que participam, ambos beneficiam.
Sentes que desenvolveste as tuas soft skills e que puseste em prática os conhecimentos do curso?
Sim. Posso até realçar o Excel. O estágio foi uma boa oportunidade para ganhar conhecimentos sobre o tratamento, análise e comparação dos dados laboratoriais.
Sinto que pus em prática principalmente os conhecimentos em relação à segurança no laboratório, porque alguns dos compostos utilizados tinham efeitos adversos para o ser humano.
Sentiste que possuías as competências necessárias para o que te era pedido?
Sim. Os testes que nós realizávamos não eram complicados se já tivéssemos conhecimento de disciplinas anteriores. E assim, de uma maneira simples, podíamos ajudar imenso a empresa.
Se voltasses atrás, escolherias esta empresa outra vez?
Provavelmente não. Na altura, queria experienciar uma empresa mais pequena porque havia mais liberdade para trabalhar num determinado tema, havia mais por onde explorar.
Não tinha muita experiência de trabalho em empresas e escolhi uma que é virada para a parte agrícola. Agora, olhando para trás, não me arrependo, mas provavelmente não escolheria a área agrícola outra vez, visto que não me identifico.
O que é que mudavas no teu estágio para corresponder às tuas expectativas?
Gostava de ter explorado a parte económica, ou seja, após termos concluído os nossos resultados, gostava de ter investigado se, na prática, o produto seria viável ou não em termos económicos. Claro que, como o estágio é limitado pelo tempo, não deu para explorar essa área, mas era algo que gostaria de ter feito.
O teu estágio foi remunerado? Quanto à alimentação, tinhas subsídio de alimentação ou refeições incluídas?
O meu estágio não foi remunerado. Também não tinha direito a refeições, por isso tinha de levar de casa e comer numa cozinha que estava equipada com microondas.
O estágio contribuiu para perceberes melhor agora o que queres fazer no futuro?
Sim, de certo modo. Fui para lá sem saber o que é que queria ainda. Este estágio deu-me a capacidade para explorar algo, desenvolvê-lo, ou seja, sentes que estás a fazer algo em prol da empresa, um produto que possivelmente dê lucro no futuro. Como não é algo fictício ou abstracto, é real, podes ver o resultado do teu trabalho, o que é particularmente bom se for algo que gostas de fazer.
Que dicas e opiniões queres deixar a quem vai fazer os estágios agora?
Acho importante tentarem levar o vosso carro, para encurtarem o tempo de viagem.
Acho também que se gostarem da parte dos produtos agrícolas, se gostarem de fazer algo que é inovador, esta empresa é a ideal, porque temos mais liberdade para desenvolver produtos, não há processos definidos, é tudo novo.
Em geral, é positivo ter uma experiência de estágio independentemente de uma pessoa se identificar ou não com a área, pois dá para concluir se realmente é aquilo que se gosta ou não, algo que não é tão fácil fazer, quando se entra no mercado de trabalho.
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