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Amorim - Cláudia Loução

Onde é que estagiaste?

Estagiei na Corticeira Amorim. Foi um estágio online.


Fala-me de como é que é ser estagiária na Corticeira Amorim. Quais é que eram as tuas tarefas?

Basicamente, o meu estágio consistia numa pesquisa aprofundada sobre temas relacionados com a utilização de polímeros de polimetanos na formação de rolhas de cortiça aglomerada. O objetivo final do estágio era elaborar uma apresentação para a equipa com toda a informação recolhida. Eu também tinha reuniões semanais, online, com o meu orientador para partilhar o trabalho desenvolvido ao longo da semana, onde eu mostrava as informações encontradas para os objetivos que ele pretendia. No fundo, eu tinha sempre que estar a fazer pesquisa consoante os interesses da empresa.

Por outro lado, mesmo não sendo presencial, senti que houve um esforço por parte da equipa em partilhar comigo a realidade da indústria com a realização de conferências com trabalhadores da corticeira para esclarecerem as nossas dúvidas, apresentações para explicarem o que se passava lá dentro, etc...


Controlavas o teu horário?

Nós tínhamos 2 a 3 reuniões por semana de duas horas cada, onde ouvíamos os trabalhos dos outros, falávamos sobre o nosso trabalho para ajustar certos pontos que não estavam bem e a importância que tinha para a empresa.


Fizeste o estágio sozinha?

Não, nós éramos 4 a fazer o mesmo estágio.


E cada semana vocês tinham um objetivo novo ou passaram todo o mês a trabalhar à volta de um projeto em concreto?

Nós partíamos sempre das ideias base atribuídas pelo orientador, mas, por vezes, acabávamos por divergir desses tópicos pois encontrávamos outras informações relevantes e que não eram do conhecimento do orientador nem da empresa.


Quais foram os pontos altos e os pontos baixos do estágio?

Para mim foi uma experiência bastante boa e também ótima para o currículo, por ser uma empresa com reconhecimento a nível internacional. Também gostei de trabalhar no âmbito da cortiça e de chegar a aplicar conceitos que foram lecionados ao longo do curso. Outra coisa que também gostei muito foi o facto de haver uma troca de ideias constante entre os estagiários durante as reuniões, nesses momentos passávamos a conhecer mais sobre os trabalhos uns dos outros, o que acabou por ser muito enriquecedor. No entanto, o facto de ser online acabou por ser o calcanhar de Aquiles do estágio, pois prejudicou um pouco o contacto direto com certos mecanismos da empresa, por exemplo, nunca cheguei a ver como tudo realmente funcionava lá dentro.


Sentiste que esta experiência te preparou melhor para futuros cargos que possas vir a ter no futuro? Tanto a nível profissional como a nível de outros estágios?

Na medida em que eu tinha que trabalhar todos os dias e apresentar coisas novas todos os dias, acabei por desenvolver uma rotina e um ritmo de trabalho contínuo e mais acelerado que acho que acaba por ser uma mais-valia para o mundo do trabalho ao contrário do mundo da faculdade onde os prazos são mais curtos e o trabalho mais intenso, mas não impossíveis de realizar.


Sentes que esse novo ritmo de trabalho que adotaste durante o estágio se reflete no teu desempenho académico? Sentes que adotaste uma nova ética de trabalho?

Sim. Eu acho que o trabalho na faculdade, ao contrário do estágio, é intenso mas mais a longo prazo, senti que me ajudou bastante a ter mais um método de trabalho diário que antes não tinha tanto.


O estágio contribuiu para um afunilamento das tuas intenções de futuro emprego na área? Consegues perceber mais agora o que queres fazer no futuro?

Sim, eu já sabia que gostava de trabalhar numa empresa relacionada com processos de engenharia química ou processos químicos e esta experiência fez-me ver que realmente é nesta área que eu quero trabalhar.


Que dicas podes deixar a quem vai fazer os estágios agora?

Qualquer estágio que vocês forem vai ser uma aprendizagem. Vão com uma mente aberta pois isto é uma excelente oportunidade para estamos em contacto com temas que não vamos ouvir falar durante o curso. O estágio também nos permite ver que os processos químicos que nós aprendemos na faculdade têm um sentido nas empresas e uma aplicação no mundo real.

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